VOGUE DO FUTURO

2020 já começa com uma grande novidade. Pela primeira vez na história da Vogue Italiana, a revista virá com ilustrações de artistas famosos e emergentes no lugar das tradicionais fotografias de moda. A edição de janeiro chega as bancas com 7 opções diferentes de capas ilustradas por nomes como Delphine Desane, Vanessa Beecroft, Paolo Ventura Milo Manara, Cassi Amanda Namora, David Salle e Yoshitaka Amano. O desafio principal, de acordo com Emanuele Farneti, editor-chefe da revista, é apontar que é possível mostrar roupas sem fotografá-las. 

Segundo a representante da Condé Nast, empresa responsável por publicar a revista, a decisão de abandonar os shootings em megacenários tem como objetivo dar mais espaço à arte e reduzir o impacto ambiental das caríssimas produções. Pra se ter ideia, para desenvolver os oito editoriais vistos nas 430 páginas da Vogue de setembro de 2019, foram necessárias 150 pessoas envolvidas, 20 vôos, mais de uma dúzia de viagens de trem, 40 carros em espera, 60 entregas internacionais, luzes acessas por no mínimo 10h por dia (parcialmente alimentadas por geradores à gasolina), resíduos alimentares, plástico para embalar as roupas, energia elétrica para recarregar câmeras, celulares, notebooks, etc. Gastos diretamente conectados aos editorias que estampam a capa e recheiam a publicação. 

Pra deixar todo o processo ainda mais nobre, todo o dinheiro economizado com a edição de janeiro será doado para restauração da Fundação Querini Stampalia, em Veneza. Local atingindo recentemente pelas enchentes causadas pela mudança climática. 

Abaixo você confere as 7 capas criadas sem a necessidade de viajar, de deslocar um mundaréu de gente, de transportar enorme quantidades de roupas para os mais diferentes lugares, e principalmente sem a necessidade de poluir.